segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


EXTREMOS

Quero um dia de vinte e cinco horas
Uma cesta lotada de amoras
Cerveja gelada de quebrar os dentes
Aprender até lotar o HD da mente
Um prato que me estoure a barriga
Discutir até dar briga
Sorrir de quebrar o queixo
Se for bagunça: um completo desleixo
Chorar até me sentir drenado
Portas escancaradas e sem cadeado
Dançar na chuva até cortar os pés
Irmãos: não menos que dez
Suor sob o sol escaldante
Se vier o frio que seja cortante
Um grito de gol que estoure a garganta
O olhar de piedade de uma santa
Ressaca de morrer ao fim do dia
Abrir mão de tudo que eu queria
Cantar até não ter voz
Pra que na hora da partida orem por nós
Mas enquanto não for levar-me, oh vida!
Que eu possa expressar este amor sem medida.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


CONVICÇÕES
A Terra é azul disse o astronauta, mas o que é uma cor?
Deus é grande, então por que queremos encarcerá-lo em dogmas que pertencem a poucos?                                                                                                                
Aqui se faz aqui se paga, brinco é coisa de mulher, todo ator é veado, todo jogador analfabeto, o comunismo acabou, Bin Laden morreu, nada é mais rápido que a luz...
Deu no jornal, apareceu na TV, está no rádio, na net, e onde mais couber; mas isto não torna uma opinião verdadeira.
Não sei, e cada mais me faltam convicções.
Cadê aquele menino que defendia suas posições com tanto fervor?
Por que o mundo teima em me contradizer a cada passo?
Por que a mesma frase (doce) que acabou de sair da boca de meu melhor amigo soa tão ofensiva em outros lábios?
O fato é cada vez sei menos.
Vou catando conchinhas, e o mar não tá nem aí.