EXTREMOS
Quero um dia de vinte e cinco horas
Uma cesta lotada de amoras
Cerveja gelada de quebrar os dentes
Aprender até lotar o HD da mente
Um prato que me estoure a barriga
Discutir até dar briga
Sorrir de quebrar o queixo
Se for bagunça: um completo desleixo
Chorar até me sentir drenado
Portas escancaradas e sem cadeado
Dançar na chuva até cortar os pés
Irmãos: não menos que dez
Suor sob o sol escaldante
Se vier o frio que seja cortante
Um grito de gol que estoure a garganta
O olhar de piedade de uma santa
Ressaca de morrer ao fim do dia
Abrir mão de tudo que eu queria
Cantar até não ter voz
Pra que na hora da partida orem por nós
Mas enquanto não for levar-me, oh vida!
Que eu possa expressar este amor sem medida.
Mas enquanto não for levar-me, oh vida!
Que eu possa expressar este amor sem medida.