quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Nos dias que vem por aí. Que eu possa...
Ter minhas convicções destruídas para poder repensá-las.
Tentar ser amigo do mundo, para no final só querer ter por perto quem realmente importa.
Ser formado por uma sociedade machista para entender o valor das mulheres de minha vida.
Admitir meus medos, para entender que coragem não é a ausência deles.
Parar de ler um livro fantástico, bem no meio, por saber o quanto me sentirei abandonado quando ele chegar ao fim.
Brincar com meus cachorros e meus amigos.
Emagrecer. (Fala sério?)
Aprender a me calar e ouvir. (Essa é difícil)
Saber que eu preciso ensinar por outros trinta e cinco anos para poder aprender algo, e no fim ter a exata medida de minha ignorância.
Entender o ritmo da dança da vida.
Ficar gripado toda vez que tomar banho de chuva, e voltar a me molhar.
Sonhar a vida inteira por algo material, para quando chegar perto poder desistir da ideia, só porque ela não faz mais sentido.
Lutar minhas batalhas para encontrar a paz.
Jogar de teimoso, que sempre foi minha posição.
Xingar meu time do goleiro ao ponta esquerda, e não admitir que outra pessoa faça isso.
Me calar para não magoar alguém importante, mesmo quando a opinião me pareça totalmente despropositada.
Buscar a verdade, esta flor intangível, mesmo quando não sirva para ninguém.
Tornar um cantinho de mundo um lugar melhor.
Agradecer mais e pedir menos.  
Fazer o sinal de prosperidade Vulcano toda vez que passar por uma porta de shopping que abre automaticamente, mesmo que ninguém mais entenda que isto revela minha profunda fé em um futuro que querem destruir.
Por falar em fé, que esta não seja cega e nem uma faca amolada.
No fim de tudo admitir que ainda pergunto para onde vai a estrada.