Quero escrever algo inútil
Inútil e sem nome
Sem nome ou estética
Nem mesmo moral no final.
Inútil como flores e
estrelas
Guitarra em agonia
Ou o coração da bateria
Inútil como um pensamento
profundo
Alegria da festa
Dores e dores
Do que implora em vão.
Orvalho matutino que beija a
flor
Bilhete esquecido na gaveta
E a aula enfadonha
Para o aluno que dorme.
Inútil como o amigo que nunca
voltou
E o plano que não se
concretizou
Como o gesto gentil
Para alguém cujas as costas,
é tudo que se vê.
Poesia sem rima
Canção que não toca mais
E para o estadista
estúpido...
O pedido de paz.
Relógio que atrasa
Agenda do ano passado
Jornal de ontem
Churrasco sem brasa.
Indignação de quem cala
E para quem fica: a mala.
Que seja assim minha poesia
inútil
Mas que pressione o braço que
não sangra
Amenize a ferida escondida
E preencha o vazio
Secando sem saber o porquê
Da lágrima que deixou de
rolar.
Adorei a veia literária!
ResponderExcluirNão sabia que escrevia tão bem! Dei uma olhada nos 5 textos abaixo também!
Parabéns!
obrigado
ExcluirVoce não escreve .
ResponderExcluirDesenha em forma de versos .
O som de tuas poesias enebria entontece .
O tunel dos teus sonhos é longo .
Teus caminhos são largos e estreitos .
És um enganador .
Verdadeiramente puro .
E o trem que atravessa tua alma .
Possui trilhos dourados .
Por entre a serras que sobe e desce .
Teu coração vai rolando as pedras que encontra .
E tuas mãos constroem .
Um castelo erguido com os sonhos teus .
tá na nossa veia
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