ELE PÕE OS
OLHOS GRANDES SOBRE MIM
Sou contra.
Apesar
de me tocar profundamente não dou um centavo a crianças na rua. Sempre há um
adulto se aproveitando deste tipo de situação. Elas deveriam estar na escola e
ponto (final, de exclamação e de vista).
As
pessoas bem-intencionadas colaboram com uma relação escravocrata.
Quanto
piores forem as condições das crianças e quanto mais miseráveis apresentarem,
maiores as chances de que seus carcereiros lucrem.
Lá
se vão eles pelas ruas, com cabelos colados, mãos sujas, feridos, surrados,
maltrapilhos.
Dá
uma dó tão sustenida que eu não caibo em mi.
Aí
para aquele molequinho do lado da minha mesa na loja famosa de hambúrguer grelhado,
como que sabendo que não sou dali, não habla nada... nem eu. Só fica meio assim
se esforçando para ficar de pé. Não sabe andar há muito mais do que a metade de
sua vida.
Finjo
olhar para o outro lado.
Pego
o saco.
Estendo
a mão para fora de meu campo de visão.
Só
assim penso que eu mesmo não sei o que estou fazendo.
Nesses casos sempre ouço meu coração, tentando curar o mau do mundo, sei que não posso , as vezes dou outras não . Mas o motivo das calorias pode funcionar rsrsrs.
ResponderExcluirUma vez eu dei...quando cheguei na porta do restaurante, a mãe estava brigando com a criança porque não ganhou batatas fritas... que raiva!
ResponderExcluirImagem gentilmente cedida por Raquel Câmara.
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