GLOSSÁRIO
Comparação
é quando sou como uma banda de um baixista autista.
Metáfora é quando o que se
diz não cabe em si.
Rima, no final
combina. Se combina lá dentro é poesia.
Métrica é a batida do
surdo.
Aliteração
é quando os erres e os efes são exibicionistas.
Um cabo de vassoura ou um pé de laranja lima de José
Mauro de Vasconcelos é persona, é máscara.
Sinestesia é
o olhar do nariz, o cheiro de seu sabor ao tocar em suas cores; mas minha língua
em sua orelha é outra coisa.
Paradoxo é quando o impossível
e o improvável tomam um chope na esquina.
Ironia é quando o eufemismo
se cansa. Pensando bem ironia é quando as palavras rosnam. Sarcasmo é quando as palavras mordem.
Gradação é o quanto me
apequeno em meu próprio veneno. Mas também é o inverso se espalhando em todo meu
verso.
Elipse é o silêncio das
palavras e a geometria dos planetas.
Hipérbole
é quando a assíntota aponta para o infinito.
Parábola que também é
cônica construiu a igreja do Rei dos Reis.
Escrita é quando o que penso
deixa de ser um peso.
A leitura é quando me integro e entrego a você.
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