Hoje preciso de um hiato.
Não é Chronos o eu lírico.
Sou eu mesmo.
Meu nome é Remo Noronha, maluco, de Albuquerque.
Tenho me escondido atrás dos olhos de um lobo.
Mas hoje não é o homem Aranha, é o Peter Parker. Não é
o Super-Homem é o Clark Kent o dono da fala.
Não tenho como dizer o que digo sem ser quem
sou. Não importa o quanto Chronos seja rico, tudo que quero expressar vem da pobreza
de ser eu mesmo.
E nesta semana tanto deve ser contado que não há como
ser feito a não ser a partir de meus olhos, mesmo que a luz dos olhos seus
tenha outra história totalmente diferente parta contar.
Então lá vai.
Em ordem de prioridade. Eita pleonasmo! Prioridade é o
que vem antes.
Meu amor tira onda. É bela, é grandiosa, de maior, independente.
Vacinada!
Andei mais de 300Km para que ela tivesse o que é de
direito a qualquer ser humano. Preferimos nos deslocar no espaço a nos deslocar
no tempo. Sem esquecer que todos nós somos viajantes do tempo: de hoje para
amanhã.
Ela é especial. Você também é.
Segundo. Passei a semana fazendo vídeos para contar o
que vivi. Foi o resumo de trinta anos em cinco dias
Que o que aprendi, quem sabe poderá servir de trilha
para quem vier.
Alguém que está na luta hoje me achou digno o suficiente
para servir de exemplo.
E vocês sabem minha opinião: Oficial Superior que não serve
de exemplo não serve para nada.
No processo achei três estrelas. Estrelas geminadas.
Elas contam que um pouco antes de chegar no Carmo fui a capitão. Justo no dia que
soube por pessoas que estão na luta aqui e agora que minhas, do passado, valeram a pena.
Então vou até os Bombeiros de minha (nova) cidade. Peço
para chamar o oficial de dia. Se as coisas não mudaram absurdamente ele deve
ser capitão, ou estar próximo de chegar. Ao me ver me diz que vai vir a ser o
dono das três estrelas logo ali adiante.
Então, seja o dono daquelas que foram minhas.
Logo após a passagem de comando das estrelas, me despeço,
me escondo no carro e paro diante do Grupamento do Corpo de Bombeiros de
Araruama.
Canto baixinho a canção que o Roberto me ensinou, e
que diz assim: “Ah! Eu vim aqui amor só pra me despedir...”
Finalmente tenho a honra de dizer adeus de uma
forma da qual posso me orgulhar.
Agradeço aos amigos que quiseram me ouvir.
E ao tenente (à beira de ser promovido) que teve a paciência
de receber um pequeno presente de um veterano.
Posso fechar as portas as minhas costas e abrir as que
estão adiante.