sábado, 15 de outubro de 2022

Nós sete

 Sim é este meu nome.

Meu pai amava história e sabia que um nome é uma benção.

Qual é a sua?

Qual é a sua graça?

Qual benção lhe deram quando você veio a esse mundo?

 

Costumava dizer... não sou um Remo que rema, sou um Remo que rima.

Pois tenho a ousadia em assumir que o que digo pode ser poesia.

 

Então meu amor me trouxe para um lago.

E sorrindo me perguntou: o que há do outro lado?

E na beira de cá ela me apontou o que faltava.

A árvore ancestral que abriu mão de suas próprias entranhas para carregar nós sete, pois sete são os dias da semana, sete são as virtudes e sete é o sagrado. Só assim poderíamos desbravar aquele que de pacífico só tem o nome.

 

Os sete me ensinaram o ritmo, a força, o jeito, o cuidado, a pegada, o acolhimento, e que ficar à toa a canoa não perdoa.

Então não tem jeito, não sou mudo para o mundo e estou mudado.

Hoje sou um Remo que rema e rima.

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