Para
Flávio, um Rocha que pensa diferente
Um é Luís o outro Luiz, nem sei se esses e zês podem
ser a diferença entre eles. Por isso digo o que sei: um é filho de Januário,
outro de Luís. Um tem sete baixos, o outro o violão. Um nasceu para ser guache
na vida, o outro tenta ser um homem direito. Um reclama que uma esmola para alguém
são ou mata de vergonha ou vicia o cidadão. O outro diz que um homem se humilha
se castram seu sonho que é sua a vida e a vida é o trabalho. E tanto andaram de
viés que se afastaram irremediavelmente.
Um dia resolvem que a vida deles é andar por esse país
pra ver se um dia há um descanso feliz. Um encontro que aconteceu de fato, a
despeito de ser tão improvável.
Sei bem o que passaram. Visões de mundo mais nos
afastam do que unem. Penso que o politeísmo de tempos passados bem poderia ser
uma solução melhor que se chamar Raimundo. Se Deus é único, quem é o único que
sabe quem Ele é, e pode realmente dizer que todos outros são meros teatros
burlescos com suas mitologias inverossímeis e improváveis?
Enquanto isso uma boa banda não pode ser só de
guitarras, do mesmo jeitinho uma boa ideia guarda em si a probabilidade de
estar errada, pois assim não sendo é só mais um fundamentalismo barato. Sei
o que não sabes e sabes o que não sei (o que está dito tão fora de registro
que nem deveria estar aqui em um espaço informal). Enquanto isso vejo o leão
perseguir o antílope, aquele que correr menos não vai saber com termina a
história. No fim ambos são grama.
Ontem tomei coragem e liguei. Você tomou coragem e
atendeu. Coragem tem origem em coração. Então não posso dizer que discordo de você,
pois essa é uma outra palavra que põe cordas no coração, apenas pensamos
diferente, e temos muito que aprender juntos.
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