Moral
da história
Eu estava trabalhando na Defesa Civil na época em que
ocorreu a Jornada Mundial da Juventude. Para entender o que aconteceu comigo
naquele momento é necessário dizer que nenhum bombeiro é só bombeiro. Como é quase de
conhecimento geral, nós temos um trabalho extra para fechar as
contas no fim do mês. E dou aulas... até mesmo de Inglês.
Assim sendo recebi uma ligação do gerente do CCAA da,
distante e acolhedora, São José do Vale do Rio Preto para eu ser intérprete de
um grupo de norte-americanos. O que aceitei com prazer e o fiz representado
minha instituição estadual.
Uma das minhas missões era preparar uma carta de boas-vindas.
Antes de terminar esta história, quero contar outra:
Dizem que Crasso era um General Romano que abandoou as táticas militares e saiu
atacando de qualquer forma. Desde então, seu nome ficou associado a falhas
inaceitáveis. Não sei se isto é verdade. Entretanto, não permitirei que uma insignificância
como a verdade possa estragar uma boa história.
A que eu astava contando continua quando digito worm (verme) ao invés
de warm (quente, morno – em uma metáfora para acolhedor) ao qualificar os
abraços que eles receberiam dos brasileiros.
Antes de formalizar a carta, pedi para o Adalcir
revisar, e amigo como ele é, tive o meu erro crasso corrigido e perdoado.
A história acaba aqui. Acredito que não precisa ser
mais didático do que isto. Porém não resisto a minha própria verborragia...
Ter a humildade de cogitar a possibilidade de errar é
um bom sinal de que você ainda não se encastelou, o que é próprio do ego que
aprisiona os incautos.
Ainda há palavras para as quais o corretor ortográfico
não é nada corretor.
Nunca! Jamais! Em tempo algum, revise seus próprios textos.
Quem erra quase nunca percebe.
E principalmente: tenha amigos, eles sempre são melhores
que computadores.