“Quisera ter a voz
Para te dizer o
que digo”
Venha aqui musa que me inspira, para dizer aquilo que
não sei falar sozinho, e conte aos quatro cantos o encanto que me encontro.
Use meus braços, lábios e a minha voz para contar uma
história feita de música, chão, lágrimas e calor; como quem fala dos quatro
elementos.
Conte através de minha história no pulsar de minhas
veias como sete deusas encarnaram em uma só mulher.
- Primeiro veio Artêmis com seu jeito de menina. Toquei
as suas tranças e nessa dança ouvi o poeta cantar como se fosse todo azul
espalhado em seu olhar.
- Hera não era mais que você quando a luz dos olhos
meus precisa se casar.
- Depois veio Afrodite pôs fogo em nossa cama e o
olhar de quem ama não reflete o drama.
- Athena guerreira e sábia atravessou pelas escolas,
mas quem mais aprendeu foi meu coração de estudante e, mesmo que por um só
instante entrou em compasso com o seu.
- Demeter também veio embalar nosso filho tão pequenino
e a nossa menina: ágil bailarina, até vê-los crescer. Quantas vezes cheguei em
casa ouvindo Gonzaguinha a sussurrar: “durma com a criança no seu colo”.
- Perséfone lhe tocou em uma noite de setembro, esse
dia eu lembro do rosto feito de cera e beleza. A transmutação acontece e psiquê
é quem volta, talvez pela volta que meus joelhos faziam ao pedir para Santa
Maria somente com o olhar.
- Héstia se recolhe em sua casa e suas mãos unidas, cura
as últimas feridas com uma força que nos alerta.
Sete deusas, sete músicas quatro elementos não são o suficiente
para dizer tudo. Então que a quintessência lhe diga o simples, o óbvio, o clichê. Como deve ser qualquer história de amor que se preza. Então saiba “que te amo, te amo, eternamente te
amo”.
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