Duas mortes me chocaram por motivos opostos em temas
mitológicos (se é que já posso tratar Matrix assim). A derrota de Heitor e a
queda daquela personagem loira que foi unplugged, sem que o Neo pudesse fazer
nada.
Juro que pesquisei, para saber o nome da personagem
para facilitar que você se encontre aqui no meu texto, porém como sou um bocado
analógico é claro que não achei. Só que aqui eu tenho um bom motivo: Matrix é
tão f, mas tão... (desculpe minha falta de vocabulário – fodástico mesmo) ao
ponto de dar pouca relevância a um tema que me choca até hoje.
Tudo bem, vou lhe explicar melhor. Estou falando
daquela cena em que o cara que traiu o grupo começa a tirar o plug de quem
ainda está na Matrix e o Neo fica só vendo um a um morrer, impotente.
Então aquela loira diz algo como “assim não!”, mesmo assim ela desfalece como
se fosse um saco de batatas.
Sacanagem! Ela era uma guerreira e merecia cair
atirando, no melhor estilo bang-bang.
Cabe aqui dizer que tenho uma relação bem razoável com
a derrota, poderia citar Darcy Ribeiro dizendo que eu odiaria estar no time que
venceu cada uma de minhas batalhas perdidas, mesmo que os dragões sejam moinhos
de vento. Ou melhor ainda: rolar de rir com as crianças que respondem ao famoso
“é canja de galinha, arranja outro time pra jogar na nossa linha” com “parreira,
parreira, parreira de chuchu, o nosso time perde, mas não fica jururu”. Mas
repito, ela merecia ter caído em uma boa luta.
O problema já foi detectado pelos Engenheiros do Havaí
em duas passagens: “satisfação garantida, obsolescência programada, eles ganham
a corrida antes memo da largada” e “muito prazer, me chamam de otário,..., por
amor as causas perdidas”.
Perder faz parte. Já que é para falar de derrota não
vou fugir da raia e opinar sobre o famoso 7X1. Para mim não foi nada demais. Apenas
um resultado esportivo. Derrota de verdade foi o quanto se roubou para fazer
estádios. E não digo isso para opinar que não deveria haver grandes eventos por
aqui. Podemos ganhar muito, com um potencial turístico gigantesco. O que
atrapalha de verdade é a nossa vocação para sermos roubados.
É isso vou ficando por aqui. Não tenho muito mais o
que dizer.
Só me resta a obrigação de um parágrafo que justifique
o título. Então eu digo que preferia o meu corpo derrotado sendo arrastado por três
dias e três noites, diante do choro de meu pai no alto da muralha.