sexta-feira, 7 de maio de 2021

Hiato

Hoje preciso de um hiato.

Não é Chronos o eu lírico.

Sou eu mesmo.

Meu nome é Remo Noronha, maluco, de Albuquerque.

Tenho me escondido atrás dos olhos de um lobo.

Mas hoje não é o homem Aranha, é o Peter Parker. Não é o Super-Homem é o Clark Kent o dono da fala.

Não tenho como dizer o que digo sem ser quem sou. Não importa o quanto Chronos seja rico, tudo que quero expressar vem da pobreza de ser eu mesmo.

E nesta semana tanto deve ser contado que não há como ser feito a não ser a partir de meus olhos, mesmo que a luz dos olhos seus tenha outra história totalmente diferente parta contar.

Então lá vai.

Em ordem de prioridade. Eita pleonasmo! Prioridade é o que vem antes.

Meu amor tira onda. É bela, é grandiosa, de maior, independente. Vacinada!

Andei mais de 300Km para que ela tivesse o que é de direito a qualquer ser humano. Preferimos nos deslocar no espaço a nos deslocar no tempo. Sem esquecer que todos nós somos viajantes do tempo: de hoje para amanhã.

Ela é especial. Você também é.

Segundo. Passei a semana fazendo vídeos para contar o que vivi. Foi o resumo de trinta anos em cinco dias

Que o que aprendi, quem sabe poderá servir de trilha para quem vier.

Alguém que está na luta hoje me achou digno o suficiente para servir de exemplo.

E vocês sabem minha opinião: Oficial Superior que não serve de exemplo não serve para nada.

No processo achei três estrelas. Estrelas geminadas.

Elas contam que um pouco antes de chegar no Carmo fui a capitão. Justo no dia que soube por pessoas que estão na luta aqui e agora que minhas, do passado, valeram a pena.

Então vou até os Bombeiros de minha (nova) cidade. Peço para chamar o oficial de dia. Se as coisas não mudaram absurdamente ele deve ser capitão, ou estar próximo de chegar. Ao me ver me diz que vai vir a ser o dono das três estrelas logo ali adiante.

Então, seja o dono daquelas que foram minhas.

Logo após a passagem de comando das estrelas, me despeço, me escondo no carro e paro diante do Grupamento do Corpo de Bombeiros de Araruama.

Canto baixinho a canção que o Roberto me ensinou, e que diz assim: “Ah! Eu vim aqui amor só pra me despedir...”

Finalmente tenho a honra de dizer adeus de uma forma da qual posso me orgulhar.

Agradeço aos amigos que quiseram me ouvir.

E ao tenente (à beira de ser promovido) que teve a paciência de receber um pequeno presente de um veterano.

Posso fechar as portas as minhas costas e abrir as que estão adiante.

3 comentários:

  1. Um super-herói escrevendo poesia. O Sr. é referência, Sr. Remo. Mas sonho que esteja presente na entrega do meu espadim.

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  2. Belo texto, Clark. Digno da primeira página do Planeta Diário. Rsrs

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