Hoje acordei pensado que iria compor uma canção para você. Uma melodia bobinha, dessas que até toca na rádio (se você tiver os contatos certos), as palavras doces escorregavam em rimas pobres. Estava tudo tão bonitinho.
Logo acordei e o superego descartou tudo. Só porque tenho tanto medo de (pare)ser ridículo.
Nesta altura do campeonato deveria saber que canções bobas movem o mundo, mesmo
que elas não me pertençam. Ou mesmo que nem sequer tenham sido compostas.
Que tal encher de rimas com verbos terminados em ar? Que
tal juntar as batatinhas cujas ramas se espalharam pelo solo? Que tal misturar “te
amo” com você e achar que confundir pronomes de tratamento pode até ser desculpado.
Oh! Vasto mundo. Não é todo mundo que é Raimundo ou
Drummond, mas os poetas de pé quebrado também amam.
Então, por que não?
Arranco um sorriso bobo de sua cara linda, pouco
importa o que digo.
Hoje acordei com uma canção explodindo em meu peito não
a escrevi por medo, mas a canção que está lá perdida no mundo dos cristais de
Platão é toda sua.
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