sábado, 31 de março de 2018


SOBRE FILHOS E CALOPSITAS

Cães, gaviões e gatos. Sempre haverá um risco insuportável e algo a nos dizer que a gaiola é sempre melhor.
Calopisitas  são frágeis, as suas únicas defesas são as asas que teimamos em podar. Mas há um jeito certo, uma técnica infalível, uma medida para dizer como se usar tesouras em um par de asas. Isso teoricamente, e só serve para calopisitas. E mesmo assim há controvérsias.
Entre a segurança das gaiolas e o céu e as árvores há uma infinidade de possibilidades.
Sua miríade de cores e de sons nos dizem que há uma infinidade de formas de dar certo (ou errado).
Cuidado e atenção, o acompanhar dos voos, o ensinar dos cantos. Ombros para terem onde pousar.
No mais sobra apenas uma oração, um bater de asas o olhar para um infinito azul que pertence apenas as aves.
Remo Noronha

PS.: Só quem escreve e publica sabe o que é a neurose da revisão.
Só nós que temos a coragem de sermos poetas, Xamãs modernos, sabemos o quanto dói e o que é ser açoitado por gramáticos dramáticos, esse eu insisto. Será fruto somente de minha emoção, pois assim são as calopisitas. Sem retoques e sem segundas chances.

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