Muitas vezes me pergunto: qual é o tamanho de minha matilha?
Não é pequena.
Tenho muitos irmãos e irmãs, tios e tias, sobrinhos e sobrinhas,
pais e filhos, primos e primas.
Sangue fala alto, mas não é essa a fronteira final.
A terra onde nascemos diz muito, mas quem se restringe
a ela sempre acaba se tornando em alguém mais preocupado em odiar quem é
diferente do que em amar a quem é próximo.
Então, fica a pergunta que teima em se repetir: qual é
o tamanho de minha matilha?
Sei que mesmo tendo tantos irmãos adotei tantos outros.
Sei que o sangue daqueles que sequer conheci trazem no
fundo a mesma cor e essência.
Sei que a Terra é uma só.
Então minha matilha não deveria ter tamanho.
As terras em que passei, os irmãos que adotei e o
sangue que passou pelo meu coração dão a noção exata da medida do que não se
pode medir.
Passagem.
É isso! A matilha pede passagem.
E pelo mundo no lufar de um vento que leva para o
alto meus sentimentos de pertencimento são sementes de dente-de-leão que se
espalham.
E a toca nos espera em no único cantinho de chão que realmente nos pertence.
Um lugar onde somos todos iguais.
Com certeza combinamos de nos encontrar nessa matilha, pode ter outras mas essa é muito especial em tamanho e em amor. Sim somos todos iguais.
ResponderExcluir