Vejo o letreiro de publicidade que diz:" Não somos melhores nem piores, apenas diferentes ". E quem não quer? Talvez se descobrir como o único filho do distante planeta Kripton, ou ter sido picado por uma aranha radioativa, ou ainda ter uma cicatriz em forma de raio na testa? Quem sabe aquela brincadeira dos seus irmãos mais velhos de que você foi achado em uma lata de lixo no fim das contas apenas comprove que você seja o último da linhagem Romanov?
Quem nunca?
E não adianta tentarem lhe explicar que todo ser
humano é especial. Você é diferente. Só que vamos combinar, quem não é? É
lógico que vai sofrer bullying em algum momento. Você é ... muito alto, muito
baixo, muito gordo, muito magro, fala muito, é muito calado, gagueja, tem um
tique nervoso... ou qualquer outra coisa. Na verdade, pouco importa. Você é
diferente e vão tentar lhe levar para fazer parte de uma manada.
Imagina se você tem um nome absurdamente incomum e
aprende qualquer coisa que envolva lógica com uma velocidade não menos incomum.
Pronto: temos um nerd. E junto com o pacote vem todas as outras etiquetas
adjacentes incluindo o ego que insiste que você veio de Vulcano.
Um bom remédio para isso é remar, em especial se você é
um remo. remo assim, minúsculo mesmo, apesar do corretor ortográfico insistir
em lhe sublinhar em vermelho na tentativa de dizer que algo está errado. E tudo
isso ocorre quando há uma desconfiança geral em qualquer pessoa que queira lhe
ensinar algo. Deve haver alguma ideologia oculta no cara que insistia que
analfabetos deveriam ser alfabetizados para se tornarem agentes políticos de
sua própria vida. Imagina então quem queira lhe falar que a forma que você pega
um remo pode melhorar.
Então já ultrapassamos de longe do quanto o Remo pode
lhe ensinar, até mesmo se você é o Remo, mas sim o quanto o remo pode lhe
ensinar, pois sem isso a canoa não sai do lugar.
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