A maior dificuldade de escrever, para mim pelo menos, nunca foi técnica (nem os erros de meu português ruim) ou de falta de ideias, e sim o risco de plagiar, principalmente a mim mesmo. Um bom exemplo é minha única música que tem registro no ECAD, que por apenas um compasso não é descaradamente copiada de um clássico, ou seja, cante “Hoje direi minha insegurança” no mesmo ritmo que cantaria “Oh! Tristeza me desculpe” para entender o que estou falando.
Juro que não foi intencional, sou o tipo de cara que nunca
colou na vida, pois acredito que se um dia o fizesse seria estampado em minha
testa um letreiro escrito CULPADO ou algo que o valha. Mesmo assim a gente copia
mais que máquina XEROX, com ou sem intencionalidade. O que escrevo é um
trabalho coletivo de meu tempo, em especial sobre personagens que passam pela
minha vida.
Dessa vez vou estampar todas as letras aqui da fala do
melhor amigo que tenho nesse mundo: e passarei a chamar o Todo Poderoso de o
Poderoso todo, afinal sempre tive dificuldade de separar a minha
espiritualidade de todos aqueles que passaram pelo meu caminho, do mesmo modo
que dentre todas as coisas que se criam e se copiam a única constante universal
é a conservação de energia.
Quanto a misturar a mim mesmo com o que faço e ainda
atribuir essa mesma visão ao divino eu poderia lhe responder que “Deus me faça
brasileiro, criador e criatura”. Mesmo que Moraes Moreira já o tenha dito
antes.