Nesse mesmo espírito fui convidado a ser jurado em um julgamento simulado onde a ré era acusada de traição (lá no livro sempre achei que ela era o Sol, si você não pensa assim tudo bem, mas ela fá uma sinfonia para mi).
Fui ocupar minha cadeira totalmente enviesado. Aqueles olhos de cigana nunca me enganaram, e a pulga atrás da orelha levava o nome de Escobar.
Entretanto quem o poderia culpar, mesmo que houvesse dolo? É fácil usar os sapatos dele, já que em minha adolescência Capitu havia povoado alguns sonhos nada publicaveis. E quem não os teria?
Nada iria derrubar minha convicção até que uma aluna brilhou no púlpito e bradou que todas as supostas provas eram circunstanciais pois a escrita estava em primeira pessoa, e não um pessoa brilhante como o Fernando, mas um cara medíocre chamado Bento, que de tão pequeno portava o diminutivo no nome.
Meu mundo caiu junto com da Maysa, a certeza imediatamente substituída por uma dúvida razoável. E no fim das contas a pobre Capitu mais uma linda mulher que teve a infelicidade de chamar a atenção de um homem infantil e medíocre.
Quanto Bentinho só posso dizer que se não é corno deveria ser, Capitu certamente merecia algo melhor
Nenhum comentário:
Postar um comentário