Dentre diversas coisas pelas quais passamos uma delas, que não me esqueço, foi o fato de que tive o privilégio de ser professor.
Naquela época eu brincava contigo e dizia que era
ótimo ter um aluno no qual eu podia dar uns cascudos sem que o pai reclamasse. Então,
a frase “poooorrrr faaaavooooorrrr Francisco!” Ficou famosa no Colégio Rogelma.
Sei que no todo valeu muito a pena, superando a máxima
de que dois bicudos não se beijam; uma vez que personalidade marcante, senso de
justiça próprio e teimosia parecem ser atávicos.
Com o passar do tempo tive a chance de lhe explicar que
a soma dos quadrados dos catetos equivale ao quadrado da hipotenusa, e aprendi que
eu sou um geômetra que formou um algebrista. Também lhe ensinei que a Terra é
Geoide, para somente com a série atual da franquia Star Trek você finalmente
entender que devemos ir aonde nenhum homem jamais esteve. Passei muito tempo
lhe doutrinando para finalmente nos encontrarmos na mesma torcida, mas ainda
cabe a você aprender sozinho a lidar com as próprias derrotas. E recentemente tenho
lhe ensinado que as palavras o vento leva, só que as suas colocações me mostram
que hoje você tem muito mais clareza de como lidar com seus desafios profissionais do que eu jamais pude.
Também aprendi. Aprendi muito. Entretanto, vamos
combinar que hoje não estamos aqui para falar de mim.
Hoje quero lhe ensinar a última lição antes de você se
transforme em um trintão, e como é uma lição difícil você vai ter um ano inteiro
para ruminar a simples ideia que vou lhe passar: Você bem sabe que em inglês você
não vai ter 29 anos, você vai to be 29. Eis aqui meu segredo: os ingleses foram
muito mais sábios... os anos não lhe pertencem, no máximo você pode ESTAR por
ali em um breve momento.
Então: Viva! Curta! Aprenda! Siga adiante!
Esse momento também vai passar.
Quanto a pertencer, saiba que pouquíssimas coisas são
suas. E uma delas é o meu coração.
Querido Francisco, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Mil beijos pelo seu dia.
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