sábado, 24 de novembro de 2012





ESTRADAS

        
Se você pretende saber quem é a estrada é um bom lugar para viajar em direção do seu eu mais profundo. Roberto Carlos já sabia disso ao propor um passeio até Santos, que era o mesmo lugar indicado por Dinho dos Mamonas .
Curvas e retas, ultrapassagens, paradas para lanche, pneus furados, acidentes de percurso (isto tudo quase sempre acompanhado pelo rádio) nos remetem a nossa própria vida.
Às vezes estamos dirigindo, outras na carona, em alguns momentos temos pressa e em outros podemos curtir a paisagem em alguns momentos curtimos a velocidade e em outros a tememos.
Em uma estrada nossas escolhas podem nos levar a diferentes lugares e, estes podem repetir uma longa rotina, ou abrir as portas para algo totalmente novo.
Escolhemos diferentes veículos para chegar e dirigimos em diferentes estados de espírito. E muitas vezes sequer percebemos as nuances da estrada.
Dizem que para conhecer uma pessoa devemos dá-la poder, mas nem é necessário tanto, em geral basta um volante. Então saberemos o quanto a pessoa é capaz de reagir com precisão estando sob pressão ou de obedecer a simples regras de convivência educação como abaixar o farol.
Sei que esta idéia não é nova: tao, por exemplo, significa o caminho  e é o norte para uma série de filosofias orientais. E para quem esqueceu o próprio Jesus é O Caminho.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


FIRE AND RAIN

“Sweet dreams and fly machines in pieces on the ground.”

Antes de tudo devo começar qualificando este texto, que nada tem de científico, afinal são apenas reflexões de alguns anos de aulas e outros tantos como bombeiro. Assim se tivesse que haver um fundo musical seria o James Taylor, quase recitando o que traduzido seria do tipo “Eu vi incêndios, eu vi chuva, e alguns dias de sol que me fizeram pensar que nunca choveria...”
Tudo o que quero dizer começou após um terrível acidente que ceifou a vida de cinco jovens no que seria um carrão da época, então passei a introduzir em minhas aulas (física, amigos – o que explica minha forte tendência à loucura) algumas questões que envolvem ética e cidadania. No espaço acadêmico eu discuto sobre a importância dos equipamentos de segurança, como capacetes e cintos. O papo começa com um gancho oferecido pelo Carl Sagan, em uma recomendável obra chamada Os dragões do Éden, na qual ele compara o risco de queda de uma árvore, o que nos amedronta terrivelmente, ao de se acidentar correndo, o que nem sempre nos faz temer. Segundo ele isto ocorre devido ao fato de que evolucionariamente falando descemos das árvores, e nunca fomos corredores realmente interessantes.
Vejamos então que esta questão se inicia com cálculo de energia, vamos a ela: “o que você acha de um motociclista que vai logo ali padaria, devagarinho, sem usar o capacete?” Intuitivamente os alunos me dizem que não há nada de mais, apenas um exagero da lei. Vejamos o que dizem as de Newton: a 36 km/h (10m/s) temos a mesma velocidade de alguém que cai de 5m de altura (quase dois andares). Se duvidar faça os cálculos você mesmo (v2 = vo2 + 2ax), uma continha proposta por Torricelli, que por sinal se multiplicarmos por m/2 nos trará a correlação entre a variação de energia cinética (mv2/2) e o trabalho (Fx).
Aqui a coisa complica, alguém sempre vai dizer: “mas professor quando um objeto cai o peso aumenta” (o que só seria possível se mudássemos o campo gravitacional, indo por exemplo para Júpiter – sem contar a possibilidade de alguém ainda estar confundindo massa com peso).
Para piorar as coisas sei que há por ai um cálculo simplificado que diz exatamente isto, o que serve para comparar o soco do Mike Tyson com o do Maguila, porém sobre esta conta, que muito pouco ajuda na compreensão holística do fenômeno, a única coisa que posso dizer é que você não deveria chamar nenhum dos dois para uma briga. Afinal em uma delas Tyson quebrou a mão o que prova a terceira lei, e explica o fato de que os lutadores de boxe usam luvas para proteger as mãos e não a cara dos outros.
No caso específico de um soco há uma série de fenômenos ocorrendo simultaneamente, então para entender o que ocorre deveríamos considerar a força, o seu ponto de aplicação, se há ou não movimento rotacional (e como, e quando isto ocorre), o tempo de impacto - o que os caratecas chamam de kimê (se é que se escreve assim!) – a massa do braço daquele que bate, a sensibilidade do local atingido, o ângulo do impacto... e como se trata de uma questão que envolve energia, um importante fato é saber como dissipa-la, para minimizar os seus efeitos, que os digam os carros de formula 1, nos quais tudo se destrói com este intuito, preservando a célula de segurança, ou mesmo um simples rolamento feito por um jogador de vôlei. Sem contar com uma miríade de outros enfoques para entender as colisões.
A guisa de exemplo, neste papo podemos ainda considerar uma grandeza chamada de quantidade de movimento, que tem profunda relação com outra chamada de impulso, e se estivéssemos dispostos a levar esta discussão à diante, chegaríamos a uma interessante conclusão sobre a importância do tal do kimê, mas esta fica para depois.
O quero dizer no frigir dos ovos é que não posso deixar de ficar fascinado por incríveis sobrevidas em alguns acidentes que já acompanhei. Em um deles, por exemplo, uma moça saiu ilesa, simplesmente por ter caído exatamente em um buraco que mal cabia o seu corpo, e sobre ela algumas toneladas de um ônibus que havia capotado.
Não sei se Galileu estava certo quando disse a linguagem de Deus ao escrever o universo foi a matemática, só sei que eu estou passando por aí, e entre uma conta e outra vou dando o testemunho de Sua grandeza e sabedoria.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012


O trem não pára
Para ele não importa
Se a hora é de partida
Ou aonde quero estar
O trem das onze
Que só chega, ao meio-dia
Na verdade só queria
Perto de você ficar.

A vida corre
Amanhã já não te vejo
Já não sinto o seu beijo
Mas não esqueço o seu olhar
Só sei que hoje
Ao te ver na plataforma
O meu coração informa
Que a hora é de voltar

Não sei se você gosta de mim
Eu gosto mesmo assim
Sentindo uma ânsia tão louca
Um beijo em tua boca
Pra me encantar.

sábado, 10 de novembro de 2012


“Somos alienígenas”, me disse assim a sangue frio, sem qualquer chance de réplica. Me senti como o Bob Moore quando viu a bola passar entre as pernas naquele drible absurdo do Tostão, o mesmo do qual resultou um dos gols mais antológicos da história do futebol.
Conhecia o argumento e em outras ocasiões soube muito bem como interpretar e debater, e para que você possa acompanhar o meu raciocínio permita-me fazer algumas considerações:
- Aceitar a tese de que a vida veio de outros planetas não resolve de forma alguma a questão da sua origem: apenas a transfere para outro lugar.
- A discussão entre criacionistas e darwinanos somente mascara o ceticismo destes e o sectarismo daqueles: acreditar em uma força divina criadora não nos impede de querer aprender e compreender a obra de Deus.
- Não vivemos no mesmo mundo do que as pessoas do nosso bairro. Somos tão diferentes uns dos outros, que pelo menos metaforicamente devemos aceitar os diferentes mundos, e o fato de que as pessoas têm o direito de pensar de um modo desigual.
Para avançar neste último argumento vou contar um pequeno causo: Jogava WAR com os amigos de meu filho quando vi as mandingas de um dos meninos para ser bem sucedido nos lançamentos dos dados, e os comentários dos outros de que com a mandinga dele ninguém podia. Jogo WAR há anos e sempre encarei isto como um exercício de estratégia, combinada com alguma matemática e um dedinho de pressão psicológica. Estávamos nós separados por apenas uma mesa, nossas experiências e visões. Definitivamente não vivemos no mesmo mundo!
“Somos alienígenas” ele repetiu olhando a ossada de um macaco barbado, “somos invasores do mundo deles”.
Um argumento definitivo e, uma vez que o Paul (o beatle – é lógico) teve a coragem de cantar que ele não era metade homem do que costumava ser, acho posso assumir o sentimento de que somos um projeto incompleto: equipamento sem manual do usuário ou revolveres sem trava de segurança.
Alienígenas?
Com certeza.


WHO ARE YOU?

Uma cena antiga voltou a minha mente: em um filme sobre o Batman, o Coringa, interpretado pelo Jack Nicholson, pergunta “who are you?” Ao invés de “what´s your name?”. Parece uma besteira, mas são perguntas totalmente distintas.
Dizemos o nosso nome para nos definir como se ele tivesse a capacidade de encerrar todas nossas qualidades, podemos até acrescentar de onde vimos (o que em tempos idos criou sobrenomes como Silva: o que vem da floresta) ou o que fazemos (o que gerou tantos outros sobrenomes).
“Quem sou”, no entanto, ultrapassa as fronteiras das definições cotidianas. No máximo conseguimos traduzir nossas condições de transitórias.
Por outro lado, saber a história de meu próprio nome me levou a conclusões bastante interessantes sobre meu modo de ver o mundo, e me ajudou no processo de individuação.
Bem... isto bem depois do espanto causado na infância de ter um nome tão incomum. Sempre me perguntavam onde estava o barco, de qual canoa eu vinha, se tinha remadores na família, e mais tarde ao ingressar na carreira militar, quando eu seria promovido a motor de popa.
A singularidade do nome também trouxe vantagens, como a de nunca ter tido um apelido que pegasse, até pelo fato de muitas pessoas pensarem que Remo é um apelido. Aqui cabe lembrar duas gratas exceções: o pessoal do BEST, onde me orgulho de ter trabalhado me chama de Mr. Oar, e um colega de Guadalupe me chamava de pau-d’água: este não pegou pelo fato de que tenho um fraco por comida, mas quase não bebo e aquele devido a ser muito restrito aos amigos que curtem a língua de Shakespeare.
Noronha, me disse meu pai, é um dos nomes assumidos pelos novos cristãos, aqueles preferiram a pia batismal e o degredo para o quinto dos infernos à pena de morte. Ou seja sou um pouco hebraico.
Albuquerque, é de origem árabe, me ensinou meu irmão mais velho (que se chama Rômulo, o que também explica um bocado o meu nome), e significa domadores de cavalos brancos.
Para completar a mistura uma de minhas avós era cafuza. O que adiciona todas as raças brasileiras à minha formação.
Parece que estou fugindo do assunto central, mudando o foco para a outra pergunta fundamental: “de onde vim”, digo, todavia, que não há como rever uma pergunta sem arranhar à outra. Somos complexos e nem sempre sabemos “para onde vamos”.
Enfim, sou uma coisa e outras: bombeiro, professor, marido, pai, amigo e apaixonado com uma pontinha de loucura (mas isto não é vantagem para ninguém!)
E se você quiser tirar uma conclusão barata disto tudo posso resumir da seguinte forma: com a maioria dos brasileiros sou 100% vira-latas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012


VIDA DE CACHORRO
“Adormeceu em minhas mãos como um menino: só, sem destino, um pequenino cão.”

Que bicho você gostaria de ser? É uma pergunta que sempre me ocorria quando criança, e de um modo muito interessante voltou a povoar meu imaginário ultimamente.
Uma grande amiga, que apesar de morar perto tem sido muito mais presente nas minhas caixas de mensagens do que em meu contato diário; por exemplo, usa o belíssimo codinome de águia. Sei que ela voa altaneira nas redes do mundo e sempre volta com belas mensagens.
Outros são lobos, há algumas potrancas, outros ainda cavalos, sem contar as tantas vezes que usamos animais para (des)classificar as pessoas.
Sou um cachorro, não se trata de imaginar o que eu poderia ser, sou um cachorro, reafirmo.
Hoje, tive esta confirmação deste fato quando decidi andar de bicicleta para suprir a insônia. Comecei a subir o caminho para Duas Barras, em uma estrada conhecida como “Astreia” (eeeeiita nome esquisito, por sinal!).
E lá me encontrei com ele, um vira-lata, com um marrom comum, adulto mesmo não sendo um cachorrão. Confesso que tive medo, pois ele apareceu do nada, e (pela primeira vez) quase foi atropelado indo de um lado para outro logo à minha frente. Não demorou nada para que o medo fosse dissolvido pela total amabilidade do Totó (como podemos perceber não consegui pensar em um nome melhor... me perdoem).
Ele seguia firme as minhas pedaladas morro acima, com uma disposição alegre, e como era bem tratado descarto a possibilidade daquela cena que os filhotes fazem com jeito de “me adota”, porém o que aconteceu foi muito perecido com isto.
Não resisti ao seu charme e parei para fazer uma festinha. Ele, então se jogou no chão com as patas para o ar e a barriga exposta, assim são os cães quando amam.
 Voltei a pedalar, agora ele se sentia mais a vontade e passou tão rápido que quase o atropelei (vai contando esta foi à segunda vez).
A identificação foi tanta que vocês já devem estar pensando se este texto se remete a um fato real ou não passa de ficção, não os culpo. Eu mesmo não sei se encontrei o meu totem animal ou se era um cachorro de carne e osso. Seja lá como for, a realidade como conhecemos se tornou irrelevante: há em mim um coração que late alto com curiosidade, agilidade, lealdade, dentes afiados (caninos eu diria) em busca de um caminho, seja este numa casa quentinha ou vagabundeando por esmolas na cidade fria.
Fiz outra festinha. É bom encontrar comigo mesmo. E se você vir alguém assim lembre-se que nós (cães) temos uma perspectiva própria e vemos de baixo para cima toda vez que alguém pode ser o nosso dono, então não seja ameaçador dando tapinhas falsos na nossa no alto da cabeça. Ao invés disto, seja generoso e mexa em nosso pescoço espalmando a mão amplamente, isto é um verdadeiro eu te amo para nós. Além de uma chance de se por em uma posição em que olhos nos olhos seja inevitável.
Terminei minha subida o relógio me chamou para mais um dia, Totó quase foi atropelado pela bike ao passar distraído de um lado para o outro (de novo). O que interpretei como um misto de imprudência, expressão de liberdade e principalmente confiança em seu mais novo amigo.
Qual foi o significado? Bem... Acredito precisar de uma vida inteira para responder.                                                                                                     

sábado, 3 de novembro de 2012


PORTAIS

Pode parecer exagero, mas nada afasta de meu pensamento o fato de que shoppings são portais.
Sei que citar certos seriados de tv nos leva ao risco de adivinharem a nossa idade ou de deixar nos mais novos a impressão de que estamos falando abobrinhas, mas a comparação com “O elo perdido” é inevitável.
Para quem não tem a mínima ideia sobre o que estou falando cabe explicar que se trata de um seriado antigo com efeitos especiais mal acabados (para os padrões atuais), no qual pai e filha se perderam em um mundo onde dinossauros conviviam com primatas feiosos e, onde havia portais que levavam para outros mundos.
Assim são os shoppings.
Não importa se você está em Arapiraca ou Nova Iorque é possível encontrar um lugar fechado, com cheiro de ar condicionado, grandes lojas, grandes marcas emolduradas com placas onde se lê: “for sale”.
Tudo bem que há uns poucos nos quais a cultura local é um tanto preservada, porém até isto só me aumenta o incomodo, porque em geral esta vem em um invólucro de plástico, que de alguma forma, vai tornar este aspecto em mais uma forma de acomodar o pote de misturas a uma visão globalizante.
Se for natal a coisa se agrava, seremos capazes de ver pessoas agasalhadas em vermelho, não importando se o portal for um destes do hemisfério sul, onde apesar dos esforços de tornar tudo sempre igual Gaia (a mãe Terra) pensa que ainda é verão.
Me lembro da primeira vez em que vi “Happy new year” na vitrine de uma loja da Nossa Senhora de Copacabana, ao incomodo seguiu a tradução de meu primo, que há trinta anos passados já era fluente em inglês. A sensação de que era um macaco (chamado Tchaca ou coisa que o valha) diante de um portal se abateu sobre mim pela primeira vez, só que naquele momento não fui capaz de definir isto.
Só pude ter uma percepção mais clara sobre o assunto quando Luis Gonzaga foi substituído por Michael Jackson como tema nas festas juninas. Era o momento certo de alguém pegar o microfone e reclamar veementemente, mas isto não aconteceu. No fim das contas este processo chegou a tal ponto que as pessoas já acham normal startar, ao invés de iniciar, uma reunião.
Hoje ainda me sinto tonto quando entro em um shopping com todas as luzes, cores e lojas de sempre... Deve ser o efeito colateral de entrar em um portal.



sexta-feira, 2 de novembro de 2012


Hoje direi minha insegurança
Eu só queria ser criança
Pra ter minha liberdade

Esquecer de tudo
Da maldade
Essa é minha utopia
Enfim, tudo o que eu queria

Mas nunca conte meu segredo
Das pessoas tenho medo
Minha fuga é cantar

Canto como uma ave perdida
Sem ter ponto de partida
E nem ter onde chegar

Hoje, sinto que é chegada a hora
Posto que já vais embora
O meu erro é te amar.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


CONHEÇA A VERDADE E A VERDADE TE LIBERTARÁ

Em verdade vos digo...
Cara! Consegui... Sempre quis começar um texto assim, mas nunca encontrei o contexto certo. O problema é que a palavra verdade é tão poderosa quanto desgastada.
Mas foi a oração contida no título desta crônica que me deu suporte em um dos momentos mais interessantes na minha estada aqui no Carmo. Repeti esta frase em meu íntimo, toda vez que alguém me olhava atravessado. Naquele tempo eu ainda não tinha entendido dois fatos: que as pessoas aumentam e inventam e; que aquele era um processo de batismo que todos que decidiram vir para cá, em algum momento, passam.
Devemos também considerar que a verdade nem sempre é tão glamourosa ou divertida, e ainda que ela tem diversas faces e uma complexidade insana.
Falar sobre isto exige que outra palavra não menos poderosa, o tempo, dê as suas pinceladas na história e o colorido inicial possa ter desvanecido a ponto de atingir tons mais realistas.
Neste meio tempo recebi pela rede um texto que fala sobre as peneiras que devemos utilizar antes de repassar uma história ouvida como verdadeira até o ultimo fio. Há ainda outro sobre penas jogadas ao vento, que no fundo diz a mesma coisa. Sem contar o dito árabe de que temos dois olhos e dois ouvidos, mas só uma boca; o que deveria a nos levar a falar apenas a metade do que vemos ou ouvimos.
Aprendi ainda que devemos escutar os elogios sem perder a humildade e aceitar as críticas coerentemente, porém não devemos perder tempo imaginado que alguém possa estar falando mal nas nossas costas, pois este lixo mental somente serve para nos desestruturar.
De qualquer forma em um patamar acima disto tudo há sempre a verdade, esta força poderosa é a única capaz de nos livrar de um circulo pegajoso e destrutivo.