sábado, 30 de junho de 2012


PALAVRAS DESAFIADAS

Escrevo o desconexo
E tenho a ousadia
De chamar de poesia.

Não sou ourives
Ou amante das letras
Só que a necessidade de escrever
É tão universal
Quanto a água sob pressão normal
Ferver a cem graus.

Meus versos pobres
Só aprenderam a descontar com as palavras
E até a ortografia, quem diria?
Não resiste ao novo dia

Azar o seu que não tem
Nada melhor para fazer

Mas enquanto eu não couber em mim mesmo
O que digo deve se contorcer
Para caber no papel.

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