domingo, 26 de agosto de 2012


DURA LEX

Parece que entre tantas possibilidades de evolução (?) há uma em que nós, seres (des)humanos, temos nos especializado ultimamente: a de cometer crimes cada vez mais atrozes e de punir com rigor proporcional.
Decidi dar o meu pitaco no assunto, com uma boa pitada de ficção científica: quando alguém fizer algo inimaginável esta pessoa deveria ser encarcerada no cérebro mais medíocre o possível e sem direito a habeas mentem.
Aqui cabe abrir parênteses e lembrar que a definição de medíocre como algo mediano definitivamente não serve. Lembro da discussão entre dois técnicos de futebol que no momento de raiva se xingaram com esta palavra. O pedido desculpas veio com a definição vernacular: algo como que na média. Só que assim dito certamente  a cor e o sabor pejorativo vocábulo se perdem.
Lembro também de um trecho de Richard Bach, provavelmente de Ilusões, que dizia algo como: “Limitar o ser é o verdadeiro pecado original”.
Não estou falando dos guerreiros derrotados, estes merecem todo o respeito do mundo, são assim as pessoas que tentam e não alcançam, talvez porque seus objetivos estivessem um bocado além de uma possibilidade real, porém eles labutaram (e como!). As suas trajetórias contam a vitória da persistência, mesmo diante de tantas derrotas.
Já o medíocre não é deste modo, ele irá gastar horas contando o que poderia ser se estivesse mais disposto, se o dolar não estivesse assim, se os seus pais lhes amassem, se o mercado estivesse assado (suspiros e suspiros). Enfim, há sempre uma forma de culpar o mundo.
Então, que aqueles que cometessem crimes hediondos fossem encarcerados em uma mente dessas. E a partir daí que nunca acreditassem na possibilidade de ir adiante. Sabe do que digo? Há muitas por aí... Nas cabeças das pessoas que querem subir puxando... Que ao invés de tentarem, ficam pondo defeitos nos trabalhos dos que deram a cara a tapa. Pessoas incapazes de uma gentileza, que só agem com quintas intenções, justo na sexta, quando não se sábado solução.
Há muitas formas de ser infeliz, mas não conheço nenhuma mais degradante.

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