DURA LEX
Parece que entre tantas possibilidades de evolução (?)
há uma em que nós, seres (des)humanos, temos nos especializado ultimamente: a
de cometer crimes cada vez mais atrozes e de punir com rigor proporcional.
Decidi dar o meu pitaco no assunto, com uma boa pitada
de ficção científica: quando alguém fizer algo inimaginável esta pessoa deveria
ser encarcerada no cérebro mais medíocre o possível e sem direito a habeas
mentem.
Aqui cabe abrir parênteses e lembrar que a definição
de medíocre como algo mediano definitivamente não serve. Lembro da discussão
entre dois técnicos de futebol que no momento de raiva se xingaram com esta
palavra. O pedido desculpas veio com a definição vernacular: algo como que na
média. Só que assim dito certamente a
cor e o sabor pejorativo vocábulo se perdem.
Lembro também de um trecho de Richard Bach,
provavelmente de Ilusões, que dizia algo como: “Limitar o ser é o verdadeiro
pecado original”.
Não estou falando dos guerreiros derrotados, estes
merecem todo o respeito do mundo, são assim as pessoas que tentam e não
alcançam, talvez porque seus objetivos estivessem um bocado além de uma
possibilidade real, porém eles labutaram (e como!). As suas trajetórias contam
a vitória da persistência, mesmo diante de tantas derrotas.
Já o medíocre não é deste modo, ele irá gastar horas
contando o que poderia ser se estivesse mais disposto, se o dolar não estivesse
assim, se os seus pais lhes amassem, se o mercado estivesse assado (suspiros e
suspiros). Enfim, há sempre uma forma de culpar o mundo.
Então, que aqueles que cometessem crimes hediondos
fossem encarcerados em uma mente dessas. E a partir daí que nunca acreditassem
na possibilidade de ir adiante. Sabe do que digo? Há muitas por aí... Nas
cabeças das pessoas que querem subir puxando... Que ao invés de tentarem, ficam
pondo defeitos nos trabalhos dos que deram a cara a tapa. Pessoas incapazes de
uma gentileza, que só agem com quintas intenções, justo na sexta, quando não se
sábado solução.
Há muitas formas de ser infeliz, mas não conheço
nenhuma mais degradante.
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