MATADOR
Eis me aqui novamente
Com a nove milímetros na mão
A arma que é de um corpo sem
mente
Uma verdadeira extensão.
Quanto valia a vida deste
nojento
Duzentos? Cem? Uma média com
pão?
Não importa, pois não só por
sustento
Tanto me esmerei nesta
profissão.
Quem não quer o demoníaco
poder
De infligir ao outro tamanha
aflição
Já que não há no mundo maior
prazer
Do que humilhar quem te pede
perdão.
Mas quando a ressaca findar,
próximo ao arrebol
Por não suportar tamanha
grandeza
Chumbo em sua vibrante frieza
Vai tingir de rubro meu alvo
lençol.
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