Quero Clarinha Amoreco
Te falar sobre o que posso escrever com o A
Atenção que vai começar
Do A ao Z vindo do mar
Uma anêmona
Um bom lugar para morar
Se você é um peixe “paiaço”.
Ou então eu vou te dizer
As quantas anda o B
De bem-te-vi
O passarinho que enxerga bem
Sentado no galhinho com seu jeito zen.
Depois vou me benzer
Com C de Cristo
Olhe bem para isto
Que digo neste ABC.
Ou ainda para superar o medo
Pego um anel estrelado
E amasso um lado
Para caber no teu dedo.
O É é do Millor e do Gonzaguinha
Que fez músicas tão bonitas
Quisera elas fossem minhas!
O que faço vem da emoção
E o F de fraternidade
Mora na mesma cidade
Em que o Francisco é o seu irmão.
Um dia grande você vai ser
Então escreverei com G
E vou falar da saudade que tinha
Da minha manhosa gatinha
Que vi passo a passo crescer
Agora não posso falar
Pois ai vem uma planta muda
Feita com um galho de arruda
Em forma de H.
O I é pequenino
Mas queria ser alto
E do lado do asfalto
Como um poste iluminar.
O J vem sem jeito
E sempre bate na janela
Com o peito
Bem na hora do jantar.
O K é pior ainda
Só reclama daquilo
Ou seja:
Faz propaganda de cerveja
Mas não escreve nem quilo.
O L é longo, mas não tem mutreta
Por isto preste atenção
Pois é a Segunda letra
De uma menina bonita que mora no meu coração.
M é de mamãe Aninha
E também de Maria
Que foi mãe minha.
N é de não
E você até acredita
Que é uma palavra bonita
Quando dita com atenção.
Quem vem no meio do sol?
É o O que faz carinha bonita
Para a menina do laço de fita
Quando canta o rouxinol.
O papai é com o P
Aquele que se derrete todo quando te vê.
E agora é o Q
Todo alinhado e fofinho
Com camisa de linho
E calça
"santropê".
O R é de remo
Que não marca toca
Pois quer virar
Motor de popa.
O S é de Saudade e sentimento
E é tudo que tenho no momento.
Com um som que encanta
Lá vem o T de titia
Que na Bahia canta
E no Rio chia.
O U é de uva
Mas de cabeça pra baixo
Vira um guarda chuva.
E agora abra os olhos para ver
Pois quem vem aí é a letra V.
O W vem depois
Como se fosse um V
Multiplicado por dois.
O X vem todo brejeiro
Quem não é o último
Pode ser o primeiro.
O Y nem sabe rimar
Por que ou é Yankee
Ou está no outro lado do mar.
Mas isto não pode acabar
O Z vem montado na zebra
A anunciar:
Cada palavra que digo
Cada letra que escrevo
Vai me abrindo o mundo
E a mim para mim mesmo
E quando a estrada termina
Começa outra
Por elas as palavras passeiam
E as idéias clareiam.
Para Clara que hoje domina as letras que tanto brigaram com ela quando escrevi este texto.
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