Clara
A face se move lentamente
Em descompasso com o braço movido
à pilha
E os olhos quase claros
Se perdem no sonho de uma
ilha
Onde gaivotas e nuvens claras
Sempre povoam o ser.
A mãe quase cede ao cansaço
Mas o tempo escasso não
perdoa
E uma cochilada à toa...
A menina não se importa tanto
E dependurada se agarra a
primeira estrela que vier
E quase nada pode fazer este
momento mudar.
A idéia de unidade abraça as
duas
E de repente nuvens gaivotas
e ilha
Envolvem mãe e filha.
Meus passos pesados,
desastrados são pedras no lago.
A mãe acorda
Olhos pesados, passados...
Quase pergunto
Mas é claro que Clara
Passou a noite em claro.
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