domingo, 2 de setembro de 2012


Clara


A face se move lentamente
Em descompasso com o braço movido à pilha
E os olhos quase claros
Se perdem no sonho de uma ilha
Onde gaivotas e nuvens claras
Sempre povoam o ser.

A mãe quase cede ao cansaço
Mas o tempo escasso não perdoa
E uma cochilada à toa...
A menina não se importa tanto
E dependurada se agarra a primeira estrela que vier
E quase nada pode fazer este momento mudar.

A idéia de unidade abraça as duas
E de repente nuvens gaivotas e ilha
Envolvem mãe e filha.

Meus passos pesados, desastrados são pedras no lago.

A mãe acorda
Olhos pesados, passados...
Quase pergunto
Mas é claro que Clara
Passou a noite em claro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário