sexta-feira, 7 de setembro de 2012

MARGINAL

Em meus sonhos
Ando sobre um fino fio
Fino e cortante.

No escuro o fio se projeta
Ares estratosféricos

Por que
Não mergulho no ar
Ou simplesmente não finjo escorregar
No sangue que lubrifica
A corda bamba?

Não entendo por que
Não fui dotado com o contentamento
Que a tantos norteia

Continuo subindo...

Mais tarde percebo
Que a linha em que ando é a borda de uma folha
Tem ambos lados de uma questão

Na margem
O marginal
Entende
Que viver no frio fio da navalha
É preciso
Para viver o todo.


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