Em meus sonhos
Ando sobre um fino fio
Fino e cortante.
No escuro o fio se projeta
Ares estratosféricos
Por que
Não mergulho no ar
Ou simplesmente não finjo
escorregar
No sangue que lubrifica
A corda bamba?
Não entendo por que
Não fui dotado com o
contentamento
Que a tantos norteia
Continuo subindo...
Mais tarde percebo
Que a linha em que ando é a borda de uma folha
Tem ambos lados de uma
questão
Na margem
O marginal
Entende
Que viver no frio fio da
navalha
É preciso
Para viver o todo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário