sábado, 22 de setembro de 2012

pés


Resolvi tomar pé da situação que você me disse ao pé do ouvido, só para saber em que pé está. Já não sei se posso dizer que o trato está de pé, pois observei que o pé direito do prédio não tem sequer dez pés, e a porta não abria nem com pé de cabra. 
Lembro que você estava à sombra de um pé de laranja lima quando bateu um pé de vento, então me disse iríamos tirar o pé da lama e que o mundo estaria aos meus pés. Só que ao pé da letra o projeto não tem pé nem cabeça. O que, me desculpe, deixou com um pé atrás e a orelhas em pé. Afinal você não estava com os pés no chão, pois você trocou os pés pelas mãos.
 Acordei com o pé esquerdo, chutei o pé da barraca, me sentindo um pé frio e fiquei com pé de atleta, pé chato e bicho de pé; só tendo pé de moleque para o almoço, já que o pé de meia que eu tinha feito sumiu de repente como um verdadeiro busca pé, o que me deixou com um pé na cova.
Depois me acalmei, e vim conversar contigo pé ante pé, sem enfiar o pé na jaca e lhe disse na ponta dos pés o que só poderia ser feito ao pé do altar, mas sua resposta foi um verdadeiro pé na bunda, como se eu fosse um mero pé rapado.
Tudo bem: sei que não começamos com o pé direito, quem sabe na próxima vez nosso arrasta pé no pé de serra não vai dar pé, mas por enquanto vê se não pega no meu pé.

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